quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Educação da Mulher Parte I

      Na comunidade primitiva, a mulher desempenhava um papel social relevante, participando das atividades coletivas da tribo. Na propriedade privada, a mulher foi confinada ao mundo doméstico e subordinada ao chefe da família.
      As mulheres eram vistas como reprodutoras encarregadas da educação masculina até os 7 anos e as meninas ficavam confinadas no lar até o casamento, neste sentido a sociedade fixa modelos de "ser mulher" nos fazendo compreender a definição de feminilidade. Durante milênios as mulheres se mantiveram subordinadas ao homem, mantendo assimétrica sua relação com ele.
      O mito da feminilidade não tem por objetivo a anulação das diferenças que certamente existem entre homem e mulher, mas, devem ser flexíveis enquanto construções sociais, visando o funcionamento dinâmico da sociedade. Todo estereótipo é rígido, preconceituoso e geralmente se encontra a serviço da dominação, com isso considera-se que a educação deve ser voltada  para garantir  a diversidade pessoal, o que independe de tratar-se de homem ou mulher.
      A educação formal da mulher sempre foi preterida, com pequenas variações todos os povos confinaram as mulheres em certos espaços da casa. Enquanto os meninos saíam cedo da tutela da mãe, as meninas continuavam dependendo delas para aprendizagem das atividades feministas.
        As mulheres em geral não tratavam dos negócios e nem de política. Na idade média, por ocasião das cruzadas e em decorrência da prolongada ausência dos homens, as mulheres assumiram e desempenharam bem essas funções que antes lhes eram negadas, o mesmo ocorreu no Séc. XX por ocasião das grandes guerras.
         Apesar das duras restrições feitas às mulheres, elas procuraram um espaço para serem ouvidas.           A escritora francesa Olympe de Gouges, propõe o discurso revolucionário, “a mulher nasce livre e permanece igual ao homem em direitos (...)” essa mulher corajosa foi guilhotinada em 1793, por “ter querido ser um homem de Estado e ter esquecido as virtudes próprias a seu sexo”.
Stuart Mill foi a voz forte para contestar o conceito de natureza feminista, influenciado por sua mulher Harriet Taylor, feminista e socióloga, que participou da primeira sociedade defensora do direito de voto as mulheres.
           O direito da mulher ao voto foi conquistado somente no Séc. XX.
         No Brasil colonial os Jesuítas se ocupavam com a catequização dos índios e com a formação dos colonos. Nenhuma educação formal era reservada às mulheres.
        Entre 1678 e 1685 as mulheres eram enviadas a conventos em Portugal onde tinham acesso a educação. A ênfase era dada ao ensino de prendas domésticas e rudimentos de ler e escrever.
          No final do Séc. XVIII foi fundado o primeiro colégio para meninas.
          No Séc. XIX o Brasil sofria influência de ideias pedagógicas renovadoras da Europa.
        Em 1873, havia 174 escolas para mulheres na província de São Paulo e em 1881, foi aceita a primeira mulher na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro. A primeira escola normal paulista foi fundada em 1846, mas as mulheres não tiveram acesso a esse curso na primeira fase. Em 1875, após a sua restruturação passou-se a oferecer curso para mulheres, as quais buscavam profissionalização, enquanto aguardavam o casamento.
      Até 1930 pouquíssimas mulheres chegavam ao curso superior e um número menor ainda conseguia concluir, os cursos escolhidos geralmente eram na área da educação, humanidades e farmácia devido ao desinteresse masculino nessas áreas.
         Em 1950 com o desenvolvimento da indústria no Brasil as mulheres procuravam o ensino médio que as encaminhava para ocupações no setor Terciário (serviços). A partir do séc. XX ampliou-se o acesso à universidade e consequentemente a diversificação no trabalho, às mulheres já constituem a maioria nas universidades e alcançam postos chave em empresas e política, mas ainda existe discriminação de salários, para funções idênticas às desempenhas pelos homens.
        No século XIX as mulheres e também as crianças trabalhavam de 14 a 16 horas por dia. No dia 8 de março de 1857, as mulheres de uma indústria têxtil, se reuniram em uma passeata pedindo a redução da jornada de trabalho para 12 horas diárias. Foram duramente reprimidas.
        No século XX as costureiras participavam de muitos movimentos grevistas.
        O movimento feminista no Brasil tomou impulso com a participação de Bertha Lutz, que fundou uma federação voltada para a promoção da mulher, conseguindo algumas vitórias com relação ao trabalho.
           Nízia Floresta foi outra voz feminina que lutou pela igualdade.
           Em 1970, em plena ditadura militar elas organizaram greves de professores, pedindo melhores salários. Organizaram-se também pela defesa dos mais diversos aspectos da vida feminina, como o aborto, a violência doméstica, entre outros. Assim, foram conseguindo espaços que antes eram reservados aos homens. Alcançaram posições políticas, e posições elevadas de direção de empresas.
           Não se pode restringir o feminismo ao interesse exclusivo de gênero, porque a questão é muito mais ampla e exige também uma análise politica, já que a luta pela igualdade de oportunidades não se separa da busca de viabilização de uma sociedade democrática. Além disso, as relações entre iguais são mais criativas, generosas, plenas e transparentes.
As desigualdades ainda continuam. Dois terços dos adultos analfabetos no mundo (cerca de 565 milhões de pessoas) são mulheres. A maior parte vive vem regiões em desenvolvimento da África, da Ásia e da América Latina. Uma a cada quatro jovens não frequenta a escola enquanto para os rapazes esse valor é de apenas um para seis.     Nos países pobres segundo a UNESCO de 1995 as mulheres e as jovens são prisioneiras de um ciclo que faz com que o analfabetismo, a pobreza, a elevada taxa de fecundidade e a morte precoce passem de geração a geração.















Texto baseado no livro "Filosofia da Educação" de Maria Lúcia de Arruda Aranha - Editora Moderna


terça-feira, 18 de novembro de 2014

Karl Marx

Marx e a educação

Karl Heinrich Marx nasceu em 1818 em Trier, sul da Alemanha - antiga Prússia. Estudou direito em Bonn e depois em Berlim, mas se interessou mais por filosofia e história. Na universidade, se aproximou de grupos dedicados à política. Aos 23 anos, quando voltou a Trier, percebeu que não seria bem-vindo nos meios acadêmicos e passou a viver da venda de artigos. Em 1843, casou-se com a namorada de infância, Jenny Von Westphalen. O casal se mudou para Paris, onde Marx aderiu à militância comunista, atraindo a atenção de Friedrich Engels, que depois se tornou seu amigo e parceiro.
Ele escreveu o livro “O Capital”, com o tema principal a economia - os capitalistas, classe que fica cada vez mais rica à custa do empobrecimento do proletariado. Marx deixou muitos seguidores de seus ideais um, por exemplo, é Lênin na União Soviética.
No campo da educação, Marx defendia a educação técnica, industrial, a
educação pública e gratuita para todas as crianças, pois em sua visão esta
era a solução para retirá-los do trabalho nas fábricas. Defendia ainda que a educação deveria formar o homem nos aspectos físico, mental e técnico, trazendo os panoramas do estudo, lazer e trabalho, transformando seres humanos desenvolvidos integralmente.
 

Uma crítica importante feita por Marx para o idealismo burguês foi: não são as ideias que movem o mundo, mas são as condições materiais da existência humana que determinam as ideias (formas de pensar, valores).


quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Bom Senso

Uma das principais causas dos desentendimentos, injustiças, exclusão social, violência, é sem duvida a falta de bom senso dos indivíduos que compõe as sociedades. É através dele que desenvolvemos a capacidade de fazer questionamentos e a definir uma atitude mais correta para fazer um determinado julgamento, ou seja, compreender o outro não perdendo nosso ponto de vista, mas não nos colocando como padrão, buscando sempre um meio termo, agindo de forma respeitosa, tentando assim discernir o melhor caminho para a convivência, seja pessoal social ou profissional.
            Aristóteles e Descartes foram os pioneiros em defender o bom senso como parte importante da filosofia de vida, apontando uma regra de ouro: não fazer ao próximo o que não queremos pra nós mesmos. É nesse sentido que devemos buscar aplicar o bom senso nas nossas vidas.
            Todos nós somos dotados de qualidades, defeitos e valores únicos e a chave para o sucesso da nossa progressão como seres humanos é sempre buscar a compreensão do outro e das coisas que nos cercam. Não é aceitar todo tipo de comportamento e sim saber a melhor maneira de agir diante dos comportamentos e situações diversas no meio em que vivemos.
            Os motoristas imprudentes causariam menos problemas se usassem o bom senso para refletir sobre seus atos e as consequências que podem causar aos outros e a si mesmo através de sua irresponsabilidade.
            Políticos teriam mais respeito e sucesso na vida pública se não fizessem promessas mirabolantes que nunca são capazes de cumprir. Não usam o bom senso para definir seus projetos e acabam passando de sonho a pesadelo para aqueles que o elegem.
            Na educação o bom senso precisa ser exercido em todos os sentidos, na relação professor/escola aluno/professor aluno/aluno. Para ter uma boa convivência e um bom desempenho escolar é preciso ser capaz de definir uma maneira mais correta de adaptar-se as regras e costumes, ter uma autoconsciência e prudência ao agir e saber distinguir o que pode e o que não pode ser usado na convivência e nas práticas diárias, buscando sempre refletir e levar os alunos a fazerem o mesmo, para formar não só excelentes alunos, mas também excelentes seres humanos.
            Descartes disse "O bom senso é a coisa do mundo melhor partilhada, pois cada qual pensa estar tão bem provido dele, que mesmo os que são mais difíceis de contentar em qualquer outra coisa, não costumam desejar tê-lo mais do que tem."


Esse texto é um dos trabalhos das alunas da 2ª Fase de Pedagogia da Faculdade Anhanguera de Joinville:

Ana Paula dos Santos Weldt

Eliane Ferreira Cordeiro
Indianara Hattenhauer
Soleni Melo
Thais Bilik
Vanessa Medeiros